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Seis canções gravadas ao vivo

Otávio Santos Neto apresenta nesta página seis canções autorias, gravadas ao vivo no foyer do Theatro São Pedro em Porto Alegre no mês de dezembro de 2015, acompanhado por Cristiano Bertolucci na bateria e Marcelo Granja no baixo.

Ao piano, Otávio Santos Neto conduz o trio, formação ideal para transitar entre a MPB e o Jazz na interpretação de canções originais com harmonias bem elaboradas, que tanto podem oferecer suporte a uma poesia densa de conteúdo existencial, quanto embalar canções irônicas e bem humoradas.

Compositor e arranjador de sólida formação acadêmica, trajetória profissional consolidada produzindo para teatro, espetáculos de dança e intérpretes das mais diversas tendências, Otávio Santos Neto retoma seu trabalho solo apresentando alguns dos muitos caminhos que percorre através da canção, veículo primeiro e mais pessoal de sua expressão musical.

(Imagens e edição de vídeo Caio Amon/ Áudio e mixagem Marcelo Granja)

 

 

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Eu não quero cantar aquela velha canção

“Eu não quero cantar aquela velha canção”

Mais uma canção sentimental demais desse quem sou, o Otávio Santos. O refrão nasceu numa noite memorável na serra carioca, na companhia preciosa da minha banda Donajoana. Saiu quando na roda de violão, fui cantar uma antiga música, mas os olhinhos cheios de novidades lindas da Renata me deram vontade de inventar uma coisa instantânea, falar daquele momento, e me veio o tal verso que cantamos muito, mas sem saber como desenvolver; “eu não quero cantar aquela velha canção, porque aquele cara”… Depois disso, fiquei com esse refrão na gaveta da lembrança junto com as imagens daquela noite. Um solitário verso que agora está acompanhado dessas que penso serem suas estrofes. Essas estrofes todas me foram inspiradas por uma outra artista com quem tenho passado momentos inesquecíveis desde que estou aqui na república polar. O que somos senão o refrão da nossa própria canção, cercado das estrofes que são as pessoas que amamos e justificam existir. Ou somos e elas são, estrofe e refrão ao mesmo tempo, o importante é estar cercado dos versos que a gente acredita. Eu acredito muito nas duas bailarinas que me inspiraram essa música.

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South grey blue beach

“South grey blue beach”

No inverno, os fantasmas de todas as coisas boas que aconteceram nos verões que passaram, perambulam soltos pelas praias vazias do Rio Grande do Sul. Quem mora nesses lugares deixa de perceber, mas quem vai de vez em quando apesar do frio, vê e houve tudo, quem não vê é porque talvez não teve verões tão bons, ou também já virou fantasma e nem percebeu. Não preciso dizer de que filme fiz essa colagem, muito menos dizer que sou apaixonado, pela protagonista, pelo filme e pela interminável nostalgia da praia no inverno. Por vezes vivo todos os tempos ao mesmo tempo, e, só enxergo o que quero.

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